Populismo: novidade ou continuidade?
Não ouvi a entrevista de Santana Lopes na SIC, pois,sinceramente, estava a precisar de descansar de toda esta novela que para mim não começou depois do Euro. Admito que por agora não tenho sequer paciência para ouvir Santana. Já o Conheço e por isso não me surpreende e aliás já estava a espera que Santana fizesse afirmações e propostas sem, como diz José Pacheco Pereira (JPP), “qualquer pensamento de fundo, estudo, preparação e ponderação “. Mas não posso deixar de evitar pensar para comigo, que não me lembro de ouvir JPP criticar quando José Manuel Barroso, que na altura ainda era Durão, veio com a ideia peregrina do “choque fiscal” ou, pior ainda, quando fez afirmações do tipo “ não faremos nenhum novo aeroporto enquanto houver crianças a passar fome em Portugal” ou algo muito semelhante. Então isto não é populismo? Não são afirmações sem “qualquer pensamento de fundo, estudo, preparação e ponderação?”. Talvez Durão seja menos disponível par falar às televisões, mas bem que sabe ser populista quando quer. O que para mim é pior. Santana ao menos tem uma desculpa: sempre o foi, não sabe ser outra coisa, é genética e genuinamente populista. Já Durão, esse nunca deixa de estar consciente do que está a fazer, ou a dizer. Quero ser Claro: Acho bem que se denuncie a demagogia, mas as vezes tenho a tendência para desconfiar do Instrumento de denúncia.
Como dizia um amigo meu: Não é de agora que isto está entregue. Há muito que se andam a servir, agora apenas perderam as maneiras.
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