30.6.04

Ouvir Sampaio

A Selecção lá ganhou mais uma vez. Estou contente, mas confesso que não consegui vibrar tanto neste jogo como vibrei contra a Espanha e a contra a Inglaterra. Nesses jogos, mesmo consciente que o futebol me estava me estava a ser injectado em doses maciças, deixei-me inebriar pelo “entusiasmo genuíno”.

Este jogo contra a Holanda não foi tão dramático e também não consegui abstrair-me do problema, da crise do momento. Ela, a sensação de ultraje eminente, esta sempre presente como um mosquito solitário que, no quarto as escuras, insiste com o seu zunido e sua picada, em não nos deixar dormir.

No final do jogo ouvi Sampaio falar para a televisão. Não disse mais do que algumas palavras de circunstância que cito de cor: “Os portugueses estavam a precisar de algo que os entusiasmasse, depois dos problemas que têm tido de enfrentar nos últimos anos. Tem sido fantástica a mobilização das pessoas pela selecção, agora é bom que se mobilizem também para outras coisas mais sérias”. Não tanto pelo que disse, mas pela maneira finalmente mais emotiva como falou, deixa-me acreditar que afinal Sampaio sempre vai convocar eleições. Pode ser que me engane, mas depois de o ouvir fiquei mais tranquilo. Afinal, para ouvir 20 segundos de Sampaio, valeu a pena ter visto um jogo que vi quase só por obrigação patriótica (?). Para ouvir Sampaio e para ver o golo do Maniche, claro. Pelo menos hoje, desconfio que não haverá mosquitos.



1 Comments:

At 3:47 PM, Anonymous Anonymous said...

Manuel Alegre e Jerónimo de Sousa, a futura esquerda que cresce e perspectiva ou a esquerda passada que se repete e definha.O debate.







A especificidade destas eleições Presidenciais contem também e mais que nunca a cabal clarificação e também julgamento do que as facções de direita e esquerda representam bem como o que têm feito ou vindo a fazer em prol de Portugal.





A dormência ou determinismo de voto por parte do eleitorado beneficiara Cavaco Silva, este representa o Portugal resignado, pouco vertical e avesso a necessária estrutural mudança de rumo dos acontecimentos principalmente no respeitante aos eventos politicos da ultima década do Sec. XX sob a alçada do Cavaquismo em que este parece ter instituído infelizmente o continuado conceito de um Portugal de arrasto ou de cauda da Europa.


A observância e Julgamento da estrutura ideológica de suporte de Cavaco, a Social Democracia, perdeu todo o fulgor e pela gestão Cavaquista se desvitalizou.A delapidação do Estado no paradoxo de o tornar também obeso e ineficaz, a privatização desmesurada, também continuada pelos seus sucessores em que Barroso também impertinentemente abdicaria e abriria mão das Aguas Públicas, o alastrar do Peronismo democrático com a cada vez maior proliferação de lideres locais que não bastando apropriarem-se das estruturas legislativas, executivas e judiciais cultivando a nefasta parcialidade tentacular politico-partidaria, se revezam em absolutismo neo-liberal na contraditória amotinada revelia dos seus partidos, o exemplo de Alberto João Jardim que primeiro afirma que Cavaco se deveria demitir do (seu) PSD para depois retorquir que este constitui a “Cósmica” alternativa Presidencial ,ou até Valentim Loureiro, verdadeiros miasmas da Social Democracia.


Manuel Alegre nos fala da sua candidatura, esta transversal, autónoma, percutora do conceito de cidadania (o dialogo e acção concertada politico social activa), revela-nos também Alegre a abrangência de personalidades da sociedade Portuguesa que oriunda dos mais variados quadrantes políticos valoriza ,caracteriza e permeia a pertinência da Causa exponencial desta candidatura que absolutamente relevante e importante para o Futuro de Portugal traduz também uma questão fulcral envolvente a contemporaneidade politica, a absoluta necessidade de ruptura e preponderância dos partidos em relação as pessoas, a autenticidade do afecto e interesse politico potencia e despelota a genuinidade militância institucional activa e nunca ao contrario.



Jerónimo de Sousa vocifera que a sua candidatura é independente, unipessoal, afirma este que o partido (ou terá sido o granítico e estalino-absolutista comité central) lhe fez a proposta para que este iniciasse a sua Quixotesca demanda Presidencial e pela segunda vez.O partido comunista la vai em ocaso estrutural de ideologia fazendo o seu animismo politico e quando sai do seu papel de flanqueador contra a direita esfíngica de Cavaco chega quase a fazer um papel de ridicularia politica, como se alguma vez este País fosse assistir ao dirigismo Comunista e por este “comitesco” de agremiação de esquerda tal como o conhecemos.O que Jerónimo Traz?Pergunta o Jornalista.Jeronimo poderá trazer consigo a imperiosa necessidade de se votar a esquerda, nada mais, optando por fazer também pedagogia politico-social reciclando e desempoeirando a cassete e o discurso tal como o fez quando focou a necessária simbiose negocial-o-politica entre empresários e associação de municípios.



Ficou bem patente a determinação de Manuel Alegre em realizar o chamado “Pacto Social”, frisando também este que não é apenas um “Presidente Corta-fitas” e também demonstrando a Capacidade activamente mediadora, monitorizadora que um Presidente da Republica deve ter também no que respeita a privatizações efectuadas no quadro do orçamento de estado ou enquadradas no plano de estabilidade e crescimento, a ressalva da salvaguarda dos interesses do estado em claro e objectivo detrimento de emergentes lobbies e “Boy-ismo”.Fala-nos Alegre também do chamado “federalismo financeiro incipiente”, há que colmatar e combater a diluição do projecto Europeu a quando do alargamento a vinte cinco na salvaguarda dos interesses Nacionais, o atrito europei-ista na acumpção e funcional abordagem nas competências Presidenciais também.



O estrutural Isolacionismo Comunista em relação a Europa tornou difícil a justificativa abordagem de Jerónimo em relação a esta temática ficando este pela lacónica, lugar comum afirmação “de Portugal tratam os Portugueses”.A campanha do Partido comunista custa quinhentos mil Euros?A classe operaria se desdobra no combate exacerbado ao patronato na inversa proporção de pedagogia politica que recebe.


Manuel Alegre quando o tema terrorismo veio a baila, este frisou que existe uma diferença entre a religião Muçulmana e entre Terrorismo, já por parte de Jerónimo o Buschismo foi esbatidamente abordado.



O momento politico social que a actualidade Portuguesa atravessa emana também uma clarificação sem precedentes em matéria de ideologias, de modus operandi políticos e de personalidades bem como o seu grau de pertinente utilidade, abnegação e estrutural fundamento para o País.Não há duvida que Manuel Alegre constitui a todos os niveis um novo alento para Portugal.



Jorge Batista de Figueiredo.

 

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