Ainda o debate entre Louçã e Portas
Para evitar responder a uma acusação, Paulo Portas fez um longo intróito sobre a arrogância da esquerda. Instado a responder mais directamente pelos jornalistas, perdeu o fio da palavra enquanto dizia "depois desta... depois desta..." – "fuga", completou Louçã. Portas ficou calado uma eternidade televisiva, desbaratado como nunca o vi. Depois pôs o dedo em riste e disse, extraordinariamente, "não precisa de me esticar o dedo", ou algo assim. A incongruência daquela combinação simultânea do célebre dedo hirto de Paulo Portas enquanto acusava o seu adversário de lhe fazer exactamente isso, mas brilhantemente desmentido pela realização num écran dividido ao meio, foi de um efeito tremendo. Desopilante, sucinto, inesperado. Não me admira nada que seja esta a imagem escolhida pelos resumos televisivos para ilustrarem o debate. Na imprensa, o ataque de Louçã a propósito da "vida" terá mais destaque. Nesse as palavras foram cruciais, naquele as imagens foram cruéis.
RT, no"barnabé"
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