4.1.05

Coisas lidas e de arrepiar : EUA Têm Planos de Prisão Perpétua Sem Julgamento para Presumíveis Terroristas

Responsáveis da Administração norte-americana têm planos para prender, por tempo indefinido, presumíveis terroristas já detidos, que não tencionam libertar ou julgar em tribunais dos Estados Unidos e de outros países, revelaram fontes diplomáticas, de defesa e dos serviços secretos em Washington.

(...)Desde 11 de Setembro de 2001, a CIA tem andado à procura de locais no estrangeiros onde possa deter e interrogar cativos sem o risco de ser descoberta, e sem ter de dar acesso a advogados.

(...)O que a CIA tem feito é transferir para terceiros países os suspeitos que captura, esperando que eles fiquem detidos indefinidamente e sem julgamentos públicos. Essas transferências dependem muito de acordos entre os EUA e países como o Egipto, a Jordânia e o Afeganistão, que aceitam entregar aos seus serviços de segurança presumíveis terroristas para serem interrogados pela CIA e outros agentes estrangeiros.

(...)Responsáveis e peritos em espionagem, entre eles o ex-director da CIA, George J. Tenet, que testemunhou perante o Congresso, alegam que as transferências são um método eficaz de destruir células terroristas e persuadir detidos a revelar informações. "A ameaça de enviar alguém para um desses países [que violam direitos humanos] é muito importante, observou o autor do livro "Inside Al-Qaeda: Global Network of Terror", Rohan Gunaratna. "Na Europa, os interrogatórios sob detenção não resultaram em quase nada" porque não se usou a ameaça de enviar os presos para um país onde muito provavelmente seriam torturados.

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entretanto,

Um britânico detido na base naval norte-americana de Guantánamo, em Cuba, disse ao seu advogado que foi torturado com recurso à técnica do 'strappado', na qual o prisioneiro é deixado suspenso de uma barra com algemas, até que elas lhe cortem os pulsos, noticiou ontem o semanário londrino "The Observer". O motivo, explicou, foi ter sido apanhado a recitar o Corão, numa altura em que falar era proibido.

A alegação de "strappado", prática comum em países latino-americanos, foi uma de muitas feitas ao advogado britânico Clive Stafford Smith quando há seis semanas visitou os seus clientes Moazzam Begg e Richard Belmar em Guantánamo, depois de 14 meses a aguardar autorização para o fazer.

(...)Stafford Smith não teve autorização de ficar com os apontamentos das suas reuniões com os prisioneiros e não os poderá voltar a ler enquanto não forem examinados e autorizados pela censura.

Smith não pode divulgar em público nada que os homens lhe tenham dito enquanto não receber luz verde para o fazer, sob pena de vir a ser detido nos EUA. O advogado elaborou um relatório de 30 páginas sobre as torturas que Begg e Belmar dizem ter sofrido, e enviou-o como anexo a uma carta ao primeiro-ministro Tony Blair. A mensagem foi recebida em Downing Street pouco antes do Natal.

Por enquanto, pelo menos, o relatório não pode ser publicado, dado que as autoridades norte-americanas alegam que as alegações de torturas equivalem a descrições de métodos de interrogatório que são confidenciais

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