18.2.05

A “espuma”: sobre José Manuel Fernandes

José Manuel Fernandes, tem sido, e não é de agora, uma espécie de " amplificador portátil" de Pacheco Pereira. Todas as opiniões que profere - seja sobre o “holograma” Sócrates, até aos elogios à “evolução” e "pragmatismo" de Carvalho da Silva, passando pelas críticas ao Bloco fundamentalmente personalizadas sobre a figura de Louçã, terminando nos comentários sobre a “maior fiabilidade do PCP para um hipotético futuro governo”- todas, são apenas eco de comentários anteriores de Pacheco Pereira. Quando será que o director do público vai tecer uma opinião, fazer uma análise, deixar uma critica, que não tenha já sido feita por Pacheco Pereira? A única vez em que varia, é quando resolve decalcar os artigos de Fátima Bonifácio

Ouvi-o hoje, na SIC notícias, na sua habitual pose altiva e em tom paternalista dizer que os jovens que votam no bloco de esquerda, fazem-no porque nada sabem sobre a historia deste século e portanto limitam-se a ir atrás das “causas fracturastes que o bloco defende”. “não vão ao fundo, ficam-se pela espuma”, acrescentou.

Segundo JMF os lideres do Bloco têm um passado (ah o trotskismo, sempre trotskismo) pelo qual “ainda não se desculparam” e “continuam a defender velhas ortodoxias.”

Pois deixe-me dizer – lhe, caro JMF, que eu que sou jovem considero o seu paternalismo balofo e o seu menosprezo nada menos do que repugnante. Pensa você ter alguma percepção do que foi a história do século passado, mas acha que marxistas, socialistas e trotskistas devem desculpar-se pelo que foi a era de Stalin e a história subsequente da URSS. Ora aqui está alguém que de facto tem uma percepção clara não só da história do século passado como da do século XIX.
Haja paciência para estes supostos analistas que temos que aturar.

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