Haynes numa tarde de verão
Um sábado de verão, final de tarde, chegamos em cima da hora, mas tivemos sorte: o concerto ainda não começou. Houve tempo para uma bebida fresca e para procurar calmamente o lugar possível que harmonizasse os dois sentidos: audição e visão.
Estamos em cascais, parque Palmela. É mais um dia do Estoril Jazz
O grupo? O quarteto de Roy Haynes.
As expectativas são altas. Afinal Roy Haynes é - aos 80 anos e tendo tocado com todos os verdadeiros gigantes da história do jazz - uma autêntica lenda viva.
A música começa, os temas e as improvisações sucedem-se umas as outras. Estes músicos brincam em serviço e levam muito a sério a brincadeira e Haynes, que não é de muitas palavras, toca com o entusiasmo de um menino que acabou de receber a sua primeira bateria, mas com o domínio só ao alcance do que ele é: Um mestre.
Mesmo sendo jovens, não vale a pena gastar muitos adjectivos para ilustrar a qualidade obrigatória de qualquer músico que tem o privilégio de pertencer ao quarteto deste líder. E Haynes "está lá", liderando-os, impulsionando-os e arrebatando-os, a eles e a nós todos. Desnecessário será dizer que nunca descobriremos a fonte da sua juventude.
PS- Um agradecimento ao João Moreira dos Santos, do Jazz no País do Improviso, pelos bilhetes e parabéns pelas 40000 visitas.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home