Aziza Mustafa Zadeh
A primeira vez que ouvi Aziza foi em 1996. Estava a ver as “novidades” entre os discos de Jazz e aquilo que, na altura, chamávamos fusão. Surgiu-me nas mãos aquele disco amarelo, com uma fotografia de mulher de cabelos compridos e lábios pintados na capa e que publicitava como músicos acompanhantes: o guitarrista Al di Meola, os baixistas Stanley Clarke e Kai E.de Camargo ( que eu já conhecia do trio do John Mclaughlin), o baterista Omar Hakim e ainda Bill Evans ( o saxofonista que tinha sido um “protegido” de Miles Davis). Dance of Fire era o nome do disco. Aquele conjunto de músicos cujo nome aparecia logo ali, na capa, era mesmo para deixar “água na boca”. Pura publicidade para quem curtia a “cena fusion”. Ainda na discoteca acho que ouvi uns minutos do primeiro tema e não resisti. Não precisava de ouvir mais, Quer dizer, precisa de ouvir muito mais, mas não ali. Comprei o disco e assim se iniciou a minha paixão por Aziza.
O que eu ouvi nesse disco significou para mim a descoberta de uma tremenda compositora, uma pianista verdadeiramente “raivosa”, improvisando sobre temas modais com uma energia impressionante, mas ao mesmo tempo sensual e hipnotizante. Eu não sabia muito bem como chamar aquilo:Jazz? Fusão? Música Modal? Música Arábe?. Seria aquela a forma musical tradicional no seu país?
Fui a procura de outro trabalhos de Aziza. Estava determinado a ouvir de Aziza tudo o que pudesse. “Dance of Fire” era o seu terceiro álbum. Descobri o segundo, que era no formato trio, com aqueles que eram na altura a secção rítmica de Chick Corea: John Patitucci (baixo eléctrico e acústico) e Dave Weckl (bateria). Depois encontrei o seu primeiro disco, simplesmente chamado Aziza Mustafa Zadeh e com Aziza a solo no piano. Este tornou-se o meu disco preferido dela e um dos meus preferidos de piano solo.
Nessa altura eu falava a toda a gente de Aziza. Enchia-me estupidamente de orgulho quando, após recomendar os discos de Aziza à alguns músicos, estudantes e amantes de música, eles me davam a sua positiva e igualmente impressionada opinião.
Depois ouvi “Jazziza”, o único disco que não era apenas de originais e em que Aziza toca standards. Não é dos meus preferidos. Aziza dá a sensação de estar a procura de algo novo. Algo que não seja a repetição do que já se poderia considerar o seu estilo. Mas o resultado é para mim um disco que seria óptimo se fosse o de estreia, mas demasiado inseguro para alguém que já ia no seu quinto álbum e que já tinha feito muito, muito melhor.
As vezes encontrava outros “apaixonados”, daqueles muito mais obcecados. Foi através de um desses que descobri que Aziza era uma pianista do Azerbeijão, antiga república soviética, filha de um grande pianista e compositor chamado Vagif Mustafa Zadeh.Uma vez, outro admirador, alertou-me que me faltava um disco de Aziza para completar a colecção: Seventh Truth, (anterior ao Jazziza). Foi um disco que me custou muito a encontrar. Quando finalmente consegui, a minha paixão por Aziza já estava um pouco esmorecida pelo surgimento de “novos amores”. Aziza já não era uma obcessão. E aquele disco foi o que dediquei menos atenção.
Pouco a pouco deixei de acompanhar a sua carreira, deixei de estar atento ao que ia fazendo. Recentemente alguém falou-me com muito entusiasmo do último disco de Aziza “ Shamans”(2002). Tenho que recuperar o atraso no que à Aziza diz respeito.
O que eu ouvi nesse disco significou para mim a descoberta de uma tremenda compositora, uma pianista verdadeiramente “raivosa”, improvisando sobre temas modais com uma energia impressionante, mas ao mesmo tempo sensual e hipnotizante. Eu não sabia muito bem como chamar aquilo:Jazz? Fusão? Música Modal? Música Arábe?. Seria aquela a forma musical tradicional no seu país?
Fui a procura de outro trabalhos de Aziza. Estava determinado a ouvir de Aziza tudo o que pudesse. “Dance of Fire” era o seu terceiro álbum. Descobri o segundo, que era no formato trio, com aqueles que eram na altura a secção rítmica de Chick Corea: John Patitucci (baixo eléctrico e acústico) e Dave Weckl (bateria). Depois encontrei o seu primeiro disco, simplesmente chamado Aziza Mustafa Zadeh e com Aziza a solo no piano. Este tornou-se o meu disco preferido dela e um dos meus preferidos de piano solo.
Nessa altura eu falava a toda a gente de Aziza. Enchia-me estupidamente de orgulho quando, após recomendar os discos de Aziza à alguns músicos, estudantes e amantes de música, eles me davam a sua positiva e igualmente impressionada opinião.
Depois ouvi “Jazziza”, o único disco que não era apenas de originais e em que Aziza toca standards. Não é dos meus preferidos. Aziza dá a sensação de estar a procura de algo novo. Algo que não seja a repetição do que já se poderia considerar o seu estilo. Mas o resultado é para mim um disco que seria óptimo se fosse o de estreia, mas demasiado inseguro para alguém que já ia no seu quinto álbum e que já tinha feito muito, muito melhor.
As vezes encontrava outros “apaixonados”, daqueles muito mais obcecados. Foi através de um desses que descobri que Aziza era uma pianista do Azerbeijão, antiga república soviética, filha de um grande pianista e compositor chamado Vagif Mustafa Zadeh.Uma vez, outro admirador, alertou-me que me faltava um disco de Aziza para completar a colecção: Seventh Truth, (anterior ao Jazziza). Foi um disco que me custou muito a encontrar. Quando finalmente consegui, a minha paixão por Aziza já estava um pouco esmorecida pelo surgimento de “novos amores”. Aziza já não era uma obcessão. E aquele disco foi o que dediquei menos atenção.
Pouco a pouco deixei de acompanhar a sua carreira, deixei de estar atento ao que ia fazendo. Recentemente alguém falou-me com muito entusiasmo do último disco de Aziza “ Shamans”(2002). Tenho que recuperar o atraso no que à Aziza diz respeito.
2 Comments:
Eu tenho a discografia completa dessa terrivel sedutora.
Zeman
Essa música aqui é boa. Quer dizer, não é tão sedutora quanto Aziza, mas pra fazer neném é o que há.
http://www.internetdj.com/artists.php?op=download&song=51128&flash=9583c494e5
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