20.2.05

Morna Sinfónica, para respirar

....Ainda o Tito Paris.( Excerto de uma entrevista ao Expresso em 2001)

EXP. - Está também optimista em relação ao futuro da música cabo-verdiana?

T.P. - Em Cabo Verde precisamos de trabalhar mais. Com mais seriedade e convicção. E estar preparados psicologicamente para aceitar críticas, construtivas ou destrutivas. Cá em Portugal nós temos uma série de música africana que não nos vai levar a lado nenhum. Nós, africanos, somos doces a escrever e quando vejo para aí africanos a escrever «bunda» e coisas assim, não gosto. Basta aquela guerra que temos em África. Somos um país e um continente muito ricos, temos instrumentos feitos pelas próprias mãos com um som que nenhuma máquina consegue imitar. Mas também temos miúdos, filhos de emigrantes, na Holanda e noutros países, a fazer música com computadores, onde não cheira a África. Os discos que fazem são iguais a tantos outros. A música pode e deve evoluir, mas também tem de respirar. Por exemplo, eu tenho um grande sonho, e não hei-de morrer sem o realizar, que é o de fazer morna sinfónica.


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