Ainda as entrevistas de Chacal
Há algum tempo, o poeta Bruno Tolentino levantou uma polêmica em torno da diferença entre letra de música e poesia. Na concepção dele, Caetano Veloso, por exemplo, não seria um poeta, mas um letrista. Como você vê essa questão
Tolentinices. O Bruno confunde poesia com poesia culta que tem como referência a própria poesia. A poesia que viaja com a música é meio vira-lata, vadia. Uma é poesia de língua. A outra, da fala. A poesia do Bruno tem que ter uma espinha dorsal como quer também João Cabral. Mas há muito a poesia vendeu as muletas da métrica e foi extrair ser ritmo da respiração entrecortada pelos sustos do imprevisto. Feliz do país que pode cantar seus poetas em alto e bom tom como aqui.
Os poetas da Poesia Concreta, de modo geral, sempre torceram o nariz
para a poesia dita “marginal”. E você, o que pensa da poesia concreta? E que avaliação faz dos poetas “marginais”?
Concretismo: dez em matemática. Dez em política. Zero em português.
Poesia marginal: zero em português. Dez em biologia. Zero em matemática
excerto das entrevistas na cronópios
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