10 de junho, balanço de um dia estranho
"Uma política que tira a esperança é uma política condenada ao fracasso", afirmou ontem o Presidente da República no discurso da sessão solene das cerimónias do dia 10 de Junho, em Guimarães
Portugueses invadiram a costa algarvia: Afluência provocou confusão de trânsito nas vias de acesso às zonas do litoral (...) Os hoteleiros esfregam as mãos de satisfação e até já apontam, no Verão de 2005, para uma "ligeira subida nas taxas de ocupação turística, entre dois e três por cento, o que acontece pela primeira vez em cinco anos".
Apesar de reconhecer que o aumento de impostos é necessário, devido ao imperativo de combater o défice, apontou que é necessário retomar o crescimento económico e reduzir a despesa pública, ponto essencial para que seja o "Estado a dar o exemplo"
Peregrinação anual entope A1 por seis horas : Chegar a Fátima tranformou-se no calvário dos católicos que pretendiam, ontem de manhã, assistir à peregrinação anual das crianças.No sentido Norte-Sul, as filas na A1 atingiram 25 quilómetros, segundo os dados da Brigada de Trânsito (BT) da GNR. Muita gente não conseguiu ir ao Santuário (...) Pelas contas do comissário, entraram umas 250 mil pessoas em Fátima de modo que o trânsito na A1 só começou a fluir cerca das 13.30
o Presidente recordou os passos históricos de Portugal para falar do "tempo de incerteza e pessimismo, em Portugal e na Europa". Ao plano nacional, Jorge Sampaio dedicou grande parte do discurso. Explicou que o défice "ameaça os vínculos sociais" e, por isso, apelou ao "patriotismo dos portugueses para ajudarem a resolver a crise financeira".
Estudantes manifestam-se contra fim dos estágios remunerados: Cerca de 20 estudantes da Universidade do Minho manifestaram-se hoje à porta das comemorações do Dia de Portugal, em Guimarães, contra o fim dos estágios pedagógicos remunerados dos futuros professores.
Mas a crise é também económica. "Reside, como também o sabemos, no facto de produzirmos cada vez menos riqueza", lembrou. Com as dificuldades, o Estado "gasta mais dinheiro", paga mais subsídio de desemprego e "recebe menos impostos" devido à diminuição da riqueza.
PSP identificou cinco homens que exibiam símbolos de extrema-direita: A PSP identificou hoje à tarde, em Guimarães, cinco homens, suspeitos de ligação a um movimento de extrema-direita, encontrados na posse de diversos objectos com simbologia nacionalista.
Uma fonte policial disse à agência Lusa que os suspeitos, com idades compreendidas entre os 17 e os 35 anos e residentes em Lisboa, hastearam uma bandeira com a cruz celta num mastro junto ao Castelo de Guimarães, onde, de manhã, tinham decorrido algumas das cerimónias do 10 de Junho.
Uma fonte policial disse à agência Lusa que os suspeitos, com idades compreendidas entre os 17 e os 35 anos e residentes em Lisboa, hastearam uma bandeira com a cruz celta num mastro junto ao Castelo de Guimarães, onde, de manhã, tinham decorrido algumas das cerimónias do 10 de Junho.
"As medidas para combater o défice são indispensáveis" e o óbvio aumento de impostos fica assim justificado, mas Portugal não pode ficar por aí. "Devemos chamar todos e cada um dos portugueses em idade activa a desenvolver um trabalho mais produtivo." E depois compete ao Estado estimular a economia "É possível fazer uma política de rigor e não ficar dela prisioneiro", disse Sampaio, defendendo uma aposta "decidida" na educação, na criação de riqueza e de emprego. No fundo, proceder às reforma necessárias, "sem sacrificar os deveres da solidariedade e a protecção aos mais fracos"
Ex-militares invadem recepção em França, por causa das reformas:
Quinze antigos militares e combatentes portugueses invadiram hoje, em Paris, uma recepção do Consulado para assinalar o 10 de Junho, exigindo que o tempo de serviço militar, e não apenas o tempo de combate, conte para a reforma.
(...)Os manifestantes gritaram palavras de ordem como «Militares na rua, a luta continua», «A tropa tem que contar», numa alusão a que todo o tempo em que serviram nas Forças Armadas seja contado para efeitos de reforma.
Quinze antigos militares e combatentes portugueses invadiram hoje, em Paris, uma recepção do Consulado para assinalar o 10 de Junho, exigindo que o tempo de serviço militar, e não apenas o tempo de combate, conte para a reforma.
(...)Os manifestantes gritaram palavras de ordem como «Militares na rua, a luta continua», «A tropa tem que contar», numa alusão a que todo o tempo em que serviram nas Forças Armadas seja contado para efeitos de reforma.
O protesto terminou em empurrões, quando alguns manifestantes tentaram confrontar o cônsul com as reivindicações.
Jorge Sampaio criticou o "ambiente emotivo" da discussão que devia ser mais coerente. Para os portugueses e europeus, a chave é um debate sereno e uma "pedagogia continuada de informação" para que a prioridade europeia "como opção estratégica essencial para o futuro do País" seja bem compreendida. (...) "Estou certo que o povo português assim o compreenderá quando for chamado a pronunciar-se sobre o Projecto Europeu", disse.
Carcavelos: "Gangs" atacaram na praia causando pânico e agitação : A praia de Carcavelos viveu hoje à tarde uma situação de violência e agitação, devido à actuação repentina de "gangs", que invadiram a zona e começaram a assaltar e a agredir os banhistas. Segundo uma estimativa do comissário Gonçalves Pereira, da PSP de Cascais, os assaltantes eram cerca de 500, com idades entre os 12 e os 20 anos.
Assaltantes de Carcavelos não são de Cascais, garante presidente da Câmara O presidente da Câmara Municipal de Cascais, António Capucho, garantiu que as "centenas de marginais" que invadiram hoje a praia de Carcavelos e assaltaram banhistas são de outros concelhos.
Após o discurso de Sampaio, que tinha sido antecedido por Bénard da Costa, presidente da Comissão das Comemorações do 10 de Junho, decorreu a imposição de insígnias aos 59 condecorados pelas sete diferentes ordens da nação. Leonor Beleza, Pacheco Pereira, Vera Jardim, Marcelo Rebelo de Sousa (muito aplaudido), Catarina Furtado e Luís Represas foram alguns dos condecorados.
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