Ganhemos, perdendo tempo com outras coisas
“Estou sozinho no meio destas vozes alegres e razoáveis. Todos estes fulanos passam o tempo a explicar-se uns aos outros a reconhecer com contentamento que são da mesma opinião”
A náusea, Jean-Paul Sartre
Sinceramente não apetece nada falar disto. Nada disto parece ter importância. Não apetece dar mais importância a "isto" do que “isto” dá a nós. Serve só para entreter. É apenas uma opereta medíocre resultante de um libreto mais que duvidoso. Não apetece perder tempo com isto, quando se pode perder tempo com outras coisas.
Nem o professor ministro que sonha ser outra coisa, transmutando-se em algo que nunca foi; Nem sequer o professor que desistiu de ser ministro, cansado que estava de não ser ouvido e que preferiu por isso regressar ao silêncio; nem tão-pouco o professor que até já descansou muito tempo, e prepara-se para voltar e acabar com a trágica situação, qual mítico Dom, que morreu algures numa Alcácer que não é do Sal, e que nunca se engana, mas é bem melhor que Tirésias, pois não é cego nem nada.
Perdoem-me o aburguesamento, mas o que apetece mesmo é Sal e Sol. Sal na pele e sal no peixe, sol na cara, peixe na grelha. Um pouco de chuva também não era nada mal. Sobretudo por causa dos incêndios.
Quem não gostar de perder tempo, sentir que não precisa de férias e estiver mesmo ansioso por uma causa, por uma luta, por uma demanda, então que escolha uma que valha a pena. É muito fácil encontrá-la. Assim podemos deixar os alegres e razoáveis professores a explicarem-se uns aos outros, reconhecendo, com contentamento, que são da mesma opinião, mas que também e pelo contrário, não.
A náusea, Jean-Paul Sartre
Sinceramente não apetece nada falar disto. Nada disto parece ter importância. Não apetece dar mais importância a "isto" do que “isto” dá a nós. Serve só para entreter. É apenas uma opereta medíocre resultante de um libreto mais que duvidoso. Não apetece perder tempo com isto, quando se pode perder tempo com outras coisas.
Nem o professor ministro que sonha ser outra coisa, transmutando-se em algo que nunca foi; Nem sequer o professor que desistiu de ser ministro, cansado que estava de não ser ouvido e que preferiu por isso regressar ao silêncio; nem tão-pouco o professor que até já descansou muito tempo, e prepara-se para voltar e acabar com a trágica situação, qual mítico Dom, que morreu algures numa Alcácer que não é do Sal, e que nunca se engana, mas é bem melhor que Tirésias, pois não é cego nem nada.
Perdoem-me o aburguesamento, mas o que apetece mesmo é Sal e Sol. Sal na pele e sal no peixe, sol na cara, peixe na grelha. Um pouco de chuva também não era nada mal. Sobretudo por causa dos incêndios.
Quem não gostar de perder tempo, sentir que não precisa de férias e estiver mesmo ansioso por uma causa, por uma luta, por uma demanda, então que escolha uma que valha a pena. É muito fácil encontrá-la. Assim podemos deixar os alegres e razoáveis professores a explicarem-se uns aos outros, reconhecendo, com contentamento, que são da mesma opinião, mas que também e pelo contrário, não.
1 Comments:
Boa, Sacha. Muito boa!
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