Abrindo Música: Brian Blade
Brian Blade é um dos “top jazz drummers" dos últimos 10 anos.
O seu "trabalho" começou a ser notado inicialmente no quarteto de Joshua Redman. Deste quarteto emergiria o trio de Brad Maldhau, mais uma vez com Blade "sentado" na bateria. Mais tarde, quando Pat Matheny resolveu voltar ao formato de trio e precisava de uma baterista versátil mas também sensível e subtil foi Blade quem ele requisitou. A versatilidade confirmou-se ao ser também chamado por “ Joni Mitchell” e mais recentemente no muito aclamado quarteto de com que Wayne Shorter regressou.
Mas Blade é mais, muito mais que um mero acompanhante e é por isso que dele falo aqui. Revela-se um compositor a ter em conta e sobretudo quando o faz para o seu grupo: o Brian Blade Fellowship com o qual gravou dois discos (o homónimo e o perceptual).
O grupo faz uma música, a sua música que está totalmente para além do mero virtuosismo. É a essência do som, a pureza do próprio som em si aquilo que os move. O que eles procuram alguns chamaram de “espiritualidade”. E o resultado é algo de extraordinário.
A música de Fellowship é jazz obviamente mas alimenta-se de muita da tradição e folclore da música americana. Há referências country (não é por acaso a inclusão de Dave Easley tocando “pedal steel guitar” e de Daniel Lanois tocando guitarra e “bandolim” no grupo e paira também a música do folclore índio.
Do primeiro disco destaco os três primeiros temas (Red River Revel, The Undertowe e Folklore) e bem como Mohave, a sexta.
No cd há interessantes explicações sobre o que originou os temas.
Em conclusão: Brian Blade é alguém capaz de nos dar uma perspectiva diferente das possibilidades da bateria como instrumento de acompanhamento, como diria o Joe “o homem bate naquelas peles como se estivesse a tocar violino”. Mas Blade é mais do que um mero baterista. Para ouvidos que queiram estar atentos Brian Blade compõe e oferece-nos muita e boa musica.
Brian Blade on Writing music:
I write for our particular musical voices. I start working on a song by myself on guitar, but it doesn't really gel until I hear the band play it. That's when I get wrapped up in it emotionally. Writing feeds every other element of my music--my drumming gets better. Also it helps me to play other people's music. Writing is an abstract concept to me. I can't say ahead of time I'm going to do it. I have to be ready to feel the inspiration--say an experience is manifesting itself
Mais sobre Brian Blade:
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The Drummerworld
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