Existir: mais do que o medo, a constante duvida.
Se há tsunami no sudoeste asiático, logo há que fazer uma contagem do número de vítimas portuguesas
Se há um atentado, quantos portugueses morreram?
Em Angola há uma febre hemorrágica?... Portugueses?... Há portugueses infectados?
O despudor mediático chega ao ponto de mostrar pesar por não haver vítimas portuguesas.
Se uma, qualquer, celebridade (verdadeira ou fictícia) tem um apelido "aportuguesado", é absolutamente necessário descobrir as origens portuguesas (verdadeiras ou fictícias) do dito cujo.
Já soube até de alguns, completamente obcecados, que andam à procura de personagens portuguesas nos romances de Júlio Verne.
Agora, que até no momento em que o João Paulo II se prepara para deixar este mundo, alguns (jornalistas e quejandos mediáticos) se detenham desde já a analisar as hipóteses de um cardeal português vir a ser o novo papa, eis algo verdadeiramente patológico.
Que necessidade é esta de se ser, durante dois minutos, notícia na CNN para se ter a noção que se existe? Mas, que raio, o presidente da Comissão Europeia (goste-se dele ou não) é português. Nem isso serve de terapia?
1 Comments:
É... há sempre um português...e quando não há, tudo fica mais longe...
Seja bem-regressado:)
Ana
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