16.3.05

Coisas Lidas: Imigração (2)

Seis em dez portugueses resistentes à imigração

Portugal foi o quarto país, entre os Vinte e Cinco que actualmente compõem a União Europeia, a revelar uma maior "resistência aos imigrantes", com 62,5 por cento dos inquiridos a responderem contra a entrada de mais estrangeiros no país - número superior à média, que se situou nos 50 por cento. Os portugueses revelaram-se reservados quando colocados perante a imigração de indivíduos de "outras raças ou etnias", perante "imigrantes dos países mais pobres da Europa" e perante "imigrantes dos países mais pobres fora da Europa".

À frente de Portugal, neste tópico, ficou a Grécia (87,5%), a recém-chegada Hungria (86,5%) e a Áustria (64,5%). Os números mostram ainda que os países nórdicos e os da Europa Ocidental menosprezam esta questão em favor da "resistência aos requerentes de asilo" (esta distinção tem a ver com o facto de existir, nestas regiões, um maior número de estrangeiros que entram com o título de refugiados, ao contrário do que sucede nos países mediterrâneos, onde prevalece a imigração económica). Os portugueses mostraram-se ainda muito "resistentes à diversidade" (sete em cada dez), posicionando-se apenas atrás da Grécia.


Grécia é o país mais xenófobo da Europa

(...). Tal como é notório que a Suécia é o país da União Europeia que é mais tolerante perante a migração e o convívio com outras etnias, resulta das estatísticas que os gregos são, de longe, os mais xenófobos. A Grécia, de entre os 25 Estados-membros, lidera seis das dez tabelas que serviram de indicador dos sentimentos perante as migrações. Os gregos colocaram-se à frente de todas as outras populações europeias nas questões relativas às "ameaças étnicas", à "distância étnica", à "resistência à diversidade", à "resistência aos imigrantes", à "resistência a uma sociedade multicultural" e aos "limites a uma sociedade multicultural".

1 Comments:

At 12:26 AM, Blogger NUNO FERREIRA said...

Os portugueses, nos quais eu me incluo, não aprenderam nada com a sua própria História. A maioria dos portugueses continua a não entender que tem da abrir as janelas, deixar saír o cheiro a mofo e convidar os vizinhos a entrar.

 

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