Fast 'N' Bulbous: rapidez para a bulha, mas com o bolbo ressequido
O “Jazz e Arredores” gostou. Eu não.
Sinceramente esta música envelheceu muito mal. O som da guitarra parecia de um qualquer guitarrista texano tocando no “Ok Curral”; a secção rítmica ( baterista e baixista) tinham a subtileza de um casal de rinocerontes. Também a música não pedia mais. Entre a secção de metais, havia dois razoáveis improvisadores ( saxofonista alto e trombonista), que mantiveram ao longo do concerto um esforço inglório, "afogados" que eram pelo trio roqueiro de guitarra, baixo e bateria, os amantes de "licks" ultrapassados. Ok, faço uma concessão: estes músicos são ainda assim melhores que os U2 ou qualquer outra das 20 bandas top do momento. Mas não são músicos de jazz . Tocam rock, um rock que nos anos 70 era pra “frentex”, um rock talvez complexo. Mas que ainda assim não é jazz. Chamem-lhe qualquer outra coisa.
O que me deixa espantado é a passividade e até mesmo entusiasmo com que alguns dos amantes, divulgadores e críticos os acolheram. Pergunto ao pessoal, em jeito de provocação se objectividade analítica não foi um pouco toldada pela nostalgia. Se assim for, percebe-se: Esta foi uma música de uma época muito especial.
Para uma coisa este concerto serviu, foi mais um contributo para levantar grandes duvidas sobre se podemos continuar a pensar neste festival como um festival de jazz. É verdade que vieram Susie Ibarra, Mark Dresser, Michael Sarin. Mas será que este ainda é um festival de jazz? Parece-me mais um talvez um festival de música(s) improvisada(s) e de improvisadores. É também um festival de muita nostalgia por vanguardas de há 30 ou quarenta anos atrás. Ainda assim, pode uma festival de jazz que já acolheu músicos como Elvin Jones, Chico Freeman, Roy Hargrove, Bobby Hutcherson, John Scofield, Joe Lovano, Dave Holland, Wadada Leo Smith, Jack De Johnette, encerrar com um grupo tocando a musica Sub-Zappiana de Captain Beefheart? É caso par perguntar onde está o Jazz, onde está a “Vanguarda” e até mesmo, onde está a improvisação. No concerto dos Fast´N´Bulbous não ouvi nenhuma das três.
Sinceramente esta música envelheceu muito mal. O som da guitarra parecia de um qualquer guitarrista texano tocando no “Ok Curral”; a secção rítmica ( baterista e baixista) tinham a subtileza de um casal de rinocerontes. Também a música não pedia mais. Entre a secção de metais, havia dois razoáveis improvisadores ( saxofonista alto e trombonista), que mantiveram ao longo do concerto um esforço inglório, "afogados" que eram pelo trio roqueiro de guitarra, baixo e bateria, os amantes de "licks" ultrapassados. Ok, faço uma concessão: estes músicos são ainda assim melhores que os U2 ou qualquer outra das 20 bandas top do momento. Mas não são músicos de jazz . Tocam rock, um rock que nos anos 70 era pra “frentex”, um rock talvez complexo. Mas que ainda assim não é jazz. Chamem-lhe qualquer outra coisa.
O que me deixa espantado é a passividade e até mesmo entusiasmo com que alguns dos amantes, divulgadores e críticos os acolheram. Pergunto ao pessoal, em jeito de provocação se objectividade analítica não foi um pouco toldada pela nostalgia. Se assim for, percebe-se: Esta foi uma música de uma época muito especial.
Para uma coisa este concerto serviu, foi mais um contributo para levantar grandes duvidas sobre se podemos continuar a pensar neste festival como um festival de jazz. É verdade que vieram Susie Ibarra, Mark Dresser, Michael Sarin. Mas será que este ainda é um festival de jazz? Parece-me mais um talvez um festival de música(s) improvisada(s) e de improvisadores. É também um festival de muita nostalgia por vanguardas de há 30 ou quarenta anos atrás. Ainda assim, pode uma festival de jazz que já acolheu músicos como Elvin Jones, Chico Freeman, Roy Hargrove, Bobby Hutcherson, John Scofield, Joe Lovano, Dave Holland, Wadada Leo Smith, Jack De Johnette, encerrar com um grupo tocando a musica Sub-Zappiana de Captain Beefheart? É caso par perguntar onde está o Jazz, onde está a “Vanguarda” e até mesmo, onde está a improvisação. No concerto dos Fast´N´Bulbous não ouvi nenhuma das três.